29.3.07

 

Sempre lutando pelo direito democrático!

O agora “Democráticos”, e ex-PFL fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral sobre o troca-troca partidário, que sempre ocorre após eleições. Como resposta ouviu que o mandato de vereadores e deputados pertence aos partidos e não aos políticos. Falta agora a definição de quando essa medida passará a valer. Para o TSE a atual legislatura estaria coberta por sua decisão.
O “Democráticos”, incluídos, Marco Maciel, Jorge Bornhausen, César Maia, vão sair ganhando com a decisão. A consulta é resultado das seguidas perdas de parlamentares que debandaram para os lados do governo.
A infidelidade partidária é prática comum e lamentável da política brasileira. Porém, não é de bom tom mudar a música no meio da dança. Uma solução para que políticos não pulem de partidos com tamanha irresponsabilidade e desrespeito com os eleitores seria a eleição por meio de listas, onde se vota em partidos. Nesse caso, os gastos de campanha, na teoria, seriam reduzidos.
Se quem se candidatou em 2006 tinha direito de mudar de partido quando bem entendesse, que isso seja garantido, e não se mude por uma canetada do TSE. Afinal, quando eram os Liberais da era FH, cansaram de ter políticos de ocasião enchendo suas fileiras.

20.3.07

 

Por um passado cada vez mais longe de voltar

Se o Brasil é o país do futebol, o Rio de Janeiro sempre pode ser considerado a capital mundial do esporte bretão. Por terras fluminenses a bola sempre rolou redonda, os maiores craques sempre desfilaram seus talentos, e as torcidas sempre foram um show a parte. Contudo, desde o começo da década de 90, o futebol do Rio passa por um período de decadência profunda. Letargia essa que parece sem prazo para acabar.
Desde 2000 quando o Vasco bateu o São Caetano, fluminenses não conseguem vencer um Campeonato Brasileiro. Na primeira década do século XXI, nenhum time do Rio levantou o mais importante trófeu nacional. Panorama bem diferente da década de 80, quando metade dos canecos vieram para perto do Pão de Açucar. Nos seis campeonatos disputados desde 2000, quatro acabaram em São Paulo. Na década de 90 os paulistas venceram cinco vezes, contra quatro títulos dos fluminenses.
Na década atual, a melhor posição de um clube do Rio no Brasileirão foi o terceiro lugar do Fluminense em 2001, no ano seguinte o tricolor conseguiu o quarto lugar, e em 2005 o quinto. Ano passado o Vasco, acabou a competição em sexto. Pouco para um Estado acostumado com seus clubes nos lugares mais altos do campeonato nacional. Ainda nessa década, o torcedor do Rio amargou ainda algumas tristes campanhas. Em 2002, o Botafogo foi o vigésimo sexto colocado e acabou rebaixado para a Segunda Divisão do Brasileiro. Os outros três grandes não cairam, mas precisaram lutar muito para ficar na Primeira Divisão.
Outro sinal da péssima fase que o futebol do Rio vive é a qualidade dos outros clubes do Estado, os chamados “pequenos”. Enquanto em São Paulo, os pequenos cresceram e conquistaram lugares importantes no futebol nacional, o Rio se reduziu a Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Outrora ossos duros de roer, Bangu e América hoje não são nem sombra de um passado glorioso, com títulos estaduais e participações respeitáveis no Campeonato Brasileiro, vale lembrar que o Bangu foi vice nacional em 85 e o América quarto colocado no ano seguinte.
Desde 88 o Rio não conta com cinco participantes numa mesma edição do nacional. Pior, desde 2002 o Estado não tem um representante na Segunda Divisão (com exceção do Botafogo, vice campeão da Segundona em 2003). Na Terceira Divisão só vexames, no ano passado, dos quatro participantes do Estado, apenas dois passaram da primeira fase, Americano e Cabofriense, que caíram na fase seguinte. Desempenhos medíocres para um torneio composto por quatro fases. A última boa campanha na terceirona foi do Americano, em 2004, quando o time de Campos dos Goytacazes chegou em ao quadrangular final, mas acabou derrotado em terceiro lugar, não conseguindo vaga na Segunda Divisão.
Como comparação, em 2001, São Paulo emplacou nove times na Primeira Divisão nacional. Outros estados, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, conseguiram colocar nessa década um terceiro representante. Enquanto o Rio, parece estar perdendo forças e a cada ano mais perto de perder de vez sua quarta força.
Depois de quatro de décadas de equilibrio entre Rio e São Paulo, nos primórdios do profissionalismo, os fluminenses assumiram o posto de melhor futebol do país em meados da década de 70. Os quatro grandes eram os mais ricos do Brasil. Assim a década de 80 foi brilhante. Com a hegemonia econômica no futebol indo pra São Paulo no começo dos anos 90, o futebol carioca viu seus craques irem para a terra da garoa e os títulos escassearem. Atualmente, resta o título de futebol mais charmoso e de campeonato mais emocionante, devido a criativa fórmula de disputa, porque bom futebol mesmo, agora passeia por outros campos.


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