23.5.06

 
A gente passa meses sem ter onde escrever e milhões de idéias vem a cabeça. Agora que refiz o blog, não escrevo nada...quanta incompetência!

Perdão leitores (!?), espero em breve escrever alguma sandice novamente.

10.5.06

 

Coisas de bêbado!*

* Uma homenagem do Idéias sem ponto ao amigo Lucas Mendonça...



9.5.06

 

Fanta Uva

Esse é um email que está rolando na net. Como quase tudo que rola na rede não temos como atestar a veracidade das informações, mas não custa nada deixar o alerta.

Reparem, a propaganda da Fanta Uva quase não se vê mais inserida na mídia.
Por quê?
Estamos repassando o e-mail abaixo para conhecimento e prevenção, principalmente para os consumidores deste refrigerante.
O fato já está confirmado, vinte e três pessoas já passaram pelo Hospital das Clinicas de São Paulo com um mesmo sintoma: falta de atividade renal e o aparecimento de tumores no reto. Todos os internados relataram o começo das dores e a conseqüente internação após ingerirem altas doses de Fanta Uva.
Pesquisas realizadas pelo renomado Instituto Fleury, apontaram grande quantidade de Fenofinol, Almeido e Voliteral, substâncias tóxicas e que causam, respectivamente, a má atividade dos rins e câncer.
Segundo Dr. Paulo José Teixeira, formado pela USP e especialista em Toxicologia, as pessoas não devem ingerir mais o citado refrigerante.
A Direção da Coca-Cola já assumiu sua culpa e prometeu indenizar os pacientes e todos aqueles que venham a se contaminar com o refrigerante.


Monique Freitas. Sociedade Brasileira de Cardiologia/Secretaria.
Tel.: (21) 2537-8488 ramal:271 Fax: (21) 2286-9128

7.5.06

 

Mudar para melhorar

Esse é outro texto que resolvi republicar. Ele é de janeiro deste ano e chegou a ser publicado no Jornal de Petrópolis.

Em quase 120 anos de regime republicano o Brasil já viu de quase tudo: a crise do café, o suicídio de um mito, o golpe militar, um regime autoritário de 20 anos, a morte do primeiro presidente civil depois da ditadura, um impeachment, a primeira reeleição e a chegada da esquerda ao poder. Depois de tantos fatos e tantas reviravoltas, talvez pela primeira vez desde a implantação da República o brasileiro se encontre completamente perdido politicamente.
A menos de um ano das eleições presidenciais poucos brasileiros têm certeza sobre seu voto em outubro, e talvez os poucos que tenham são os eleitores que votarão em branco ou anularão seu voto. Nos últimos quatro anos não surgiu nenhuma novidade política, os candidatos em 2006 ou serão os mesmos que em 2002, ou defenderão mesmas idéias. Além disso, a classe política caiu em descrédito total, sobre todos paira a “aura” da desconfiança da corrupção.
O brasileiro pode estar pagando agora pelo erro da sua omissão. A sociedade civil há muito lavou as mãos e deixou aos dirigentes a incumbência de resolver os problemas da nação. Falta iniciativa em todos os momentos, do condômino que espera o síndico resolver um problema de falta de água; do empregado que vê problemas na empresa, mas espera o chefe descobri-los sozinho, enfim, a falta de mobilização que historicamente marca nosso povo pode ser um dos motivos da bandalheira que se tornou nossa política.
Obviamente que a responsabilidade não é toda da população, mas no momento que ela se descobrir a mola mestra da história, as coisas podem mudar, é da mobilização social que nascem as significativas mudanças. “A voz do povo é a voz de Deus”, não pode ser um refrão engraçadinho, e sim uma mostra do que somos capazes. Todos, mesmo os que não gostam de política, os desiludidos, os com baixa-estima, os mau-humorados, independente de credo, cor, religião e time de futebol, precisam se descobrir com agentes de uma sociedade que precisa se organizar.
O nosso país foi tão dilapidado moralmente que essa organização pode ainda levar muito tempo. Mais as coisas podem acontecer mais rapidamente se descobrirmos que podemos agir no dia-a-dia, sendo mais educados, mais compreensivos. Com pessoas melhores certamente faremos uma nação melhor.

 

Notícias do dia

Antônio mora em Magé, município da Baixada Fluminense, trabalha como ascensorista em um prédio de luxo em Copacabana, o que o obriga a acordar às 4 da manhã, como milhões de brasileiros. Durante o café da manhã o aparelho de rádio está ligado, ouve com sua esposa a Rádio Globo, emissora mais ouvida do Estado, e que nesse horário toca música apenas. Ele prefere ouvir algum noticiário, já que, adora política e gostaria de se informar logo cedo. Porém, não quer contrariar sua devotada esposa que “todo dia faz tudo sempre igual”.
Sai de casa para pegar o ônibus, o primeiro do dia, pois ainda precisará pegar mais dois e o metrô, isso só pra chegar no trabalho. No coletivo todos já se conhecem, pois lá estão diariamente. O assunto do momento é a crise política do país. Antônio nem se dá conta de que tudo que ouve e diz é uma repetição idêntica do que foi dito no dia anterior no Jornal Nacional. Arnaldo Jabor é parafraseado no mínimo umas dez vezes, as repetições soam cada vez mais como idéia original na boca de seus companheiros.
No restante do percurso, a música embala os pensamentos de Antônio, isso porque os meios de transportes já tocam música, talvez para entreter o trabalhador, ou será que para impedi-lo de pensar? Quando desce da estação do metrô, vai caminhando até uma banca de jornal próxima ao “seu prédio”, como em todos os outros dias um aglomerado de pessoas está parado em frente à banca para ler as notícias do dia. O Dia e o Jornal do Brasil são seus preferidos, ele os acha “bonitos” e com boas fotos, obviamente não os compra, só olha o que está na capa, afinal de contas, com o dinheiro do jornal ele paga uma das passagens do dia.
Quando assume seu posto de trabalho, logo vê a Veja da semana, também só a capa, porque a revista mesmo é de um dos moradores do prédio, que a assina. Mas o que ele lê durante o dia serve para que ele forme a sua opinião, para que depois do trabalho ele repita tudo com amigos no bar tomando uma cerveja.
No Brasil de Antônios, ainda se forma opinião através de meios de comunicação que pouco diferem, e que não dão nenhuma oportunidade de reflexão, independente da empresa que os dirijam. O risco de que a verdade seja facilmente manipulada é imenso, pois no nosso país a grande mídia não é regulada, deixando bem claro que regulação não é censura. A imprensa tem o dever de investigar, de buscar informar com precisão, mas historicamente vemos que ela age através dos seus interesses. Grandes redes se alinham com o poder facilmente, e quando quem detém esse poder não agrada mais, é fácil descartá-lo. Até porque, nosso amigo Antônio não gosta dos políticos que aparecem denunciados no JN, muito menos dos que aparecem acusados de práticas ilegais nas capas dos grandes jornais e grandes revistas.

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