14.9.06

 

“Voto nulo não é protesto é suicídio político”, diz Alfredo Sirkis

O candidato ao Senado pelo Partido Verde, Alfredo Sirkis, esteve em Petrópolis fazendo uma caminhada no centro ao lado do candidato a deputado federal Leandro Sampaio (PPS) e do candidato a deputado estadual André do PV. Antes de ir as ruas, porém visitou a redação do Diário de Petrópolis.
Sirkis criticou quem pretende votar nulo nas eleições. “Isso só favorecerá os políticos tradicionais, que serão eleitos ainda mais facilmente, e dificultará a renovação. Para mim, não é um voto de protesto e sim um suicídio político”, afirma.
Rio abandonado no Senado
De acordo com Sirkis, o Estado do Rio de Janeiro tem sido muito mal representado no Senado. “Dois de nossos senadores tem um índice de faltas absurdos. Sérgio Cabral não compareceu a 50% das sessões, enquanto Marcelo Crivella não compareceu em mais de 85%, isso é inadmissível. Já o terceiro senador, Saturnino Braga é bem-intencionado mais foi sacrificado pelo seu partido”, analisou o candidato.
Para ele os políticos fluminenses têm muita dificuldade em defender os interesses do Estado em Brasília. “Geralmente, o interesse deles fica voltado para questões nacionais, e não fazem valer a vontade do nosso povo”, disse Sirkis.

O candidato ao Senado pelo Partido Verde, Alfredo Sirkis


Polícias qualificadas
Outro tema abordado pelo candidato ao senado pelo PV é a melhor capacitação das polícias. “É a melhor forma de atenuar e resolver o problema da segurança pública. O policial deve ter dedicação exclusiva, e para isso acontecer, ele deve ser bem pago e bem treinado”, assegura.
Duas propostas que Sirkis vai levar ao Senado são mudanças de penas criminais. “Um autor de crime bárbaro, como um assassinato, por exemplo, não deve sair da cadeia após cumprir apenas um sexto da pena. E por outro lado, a pessoa que comete um crime não violento, não deve ficar preso, superlotando nossas delegacias e penitenciárias, deve haver algum tipo de pena alternativa para esses infratores”, sugere o candidato do PV.
Defesa do meio-ambiente
Sirkis pretende lutar por bandeiras antigas dos ambientalistas, como as questões da defesa da Amazônia, do Pantanal, além do desenvolvimento e luta da ecologia urbana. Em Petrópolis, ele acredita que haja muita contribuição para lutar contra o processo de favelização na cidade. “Deve haver um trabalho em cima de mecanismos que permitam o setor da construção civil tenha crédito para construir para os mais pobres. Por outro lado, os de menor renda precisam de crédito para comprar sua moradia”, criticando ainda o setor, da construção, que segundo ele, só constrói para as classes mais altas.
O candidato ainda afirmou que em Petrópolis deve ser elaborado um projeto para conter as favelas já existentes e urbanizá-las. “É necessário um grande apoio do governo federal para realizar esse trabalho nas áreas mais carentes, tanto de Petrópolis, quanto todo o resto do Estado”, alerta Sirkis para a necessidade de parcerias.
Corrida ao Senado
“Uma eleição diferencial, de alto nível”, assim Sirkis define a campanha para o Senado Federal no Rio de Janeiro. Ele garante que não há nada garantido nessa disputa pela grande quantidade de indecisos. “Cerca de 45% dos eleitores ainda não decidiram em quem votar, segundo pesquisas que fizemos”, revela.
O candidato garante que respeita todos os concorrentes, afirmando que todos deram contribuições ao Estado do Rio, mas é necessário haver uma diferenciação política. “Busco o voto de quem quer um senador que não dê carta branca ao Lula, assim como a Jandira fará, afinal, ela é uma aliada de coração do presidente. Porém, também busco a confiança de quem não quer dar uma recompensa para Garotinho, Rosinha e Severino Cavalcanti, através de Francisco Dornelles.
Para Sirkis, os dois candidatos que polarizam a corrida ao Senado, são duas vertentes da base aliada do governo federal e do governo estadual também, ele seria então uma terceira via nessa disputa.
Reforma política
O candidato garante que uma reforma política verdadeiramente séria surgirá de uma mudança no sistema eleitoral. Como sugestão, deixa duas formas que ele acredita como ideais para as eleições. “Acredito que o voto por listas fechadas, onde o eleitor votaria exclusivamente no partido, seria a melhor solução para acabar com o personalismo e o assistencialismo”, sugere Sirkis, que ainda oferece a opção do voto distrital misto, onde metade eleitos sairiam da lista fechada, e a outra metade dentre as regiões do Estado, que teriam seus eleitos proporcionais a sua população.
Dessa forma, Sirkis acredita que o gasto nas campanhas será reduzido, além do tempo do horário eleitoral que também diminuirá.
Sirkis revelou que vê pequenas chances dessa reforma ser aprovada. “É difícil imaginar os eleitos por esse sistema, mudando as regras do jogo”, disse. O candidato ao Senado também não é otimista quando o assunto é a renovação política em 1º de outubro. “O Severino Cavalcanti deve ser eleito em Pernambuco; em São Paulo, Paulo Maluf deve ser consagrado o candidato mais votado do país, infelizmente os tradicionais serão eleitos”, lamentou.
O assistencialismo e a compra de votos seriam para Sirkis a grande perversidade do sistema no voto personalizado. “Cada dia que passa os políticos aumentam o trabalho em centros assistenciais, que caracteriza um compra de voto”, afirmou.
Leandro Sampaio
O candidato a deputado federal também esteve na redação do Diário e se mostrou confiante nessa reta final das eleições, principalmente pela boa previsão de votos de Fernando Gabeira, candidato da coligação “Unir para mudar”, composta por PPS-PFL-PV. “Nunca imaginei torcer por um concorrente, mas se eu não fosse candidato meu voto certamente seria dele”, garantiu Leandro.
O ex-prefeito contou que além da campanha que tem feito na cidade, principalmente no centro, também tem visitado as cidades de São José do Vale do Rio Preto, Areal, Levy Gasparian, Teresópolis, Duque de Caxias, Volta Redonda, Barra Mansa, Angra dos Reis, Cabo Frio e Arraial do Cabo.

Comments:
Muito boa a entrevista, Bruno!

Eu sempre gostei do Sirkis. Não sei em quem vc vai votar mas, se eu fosse do estado do Rio, votaria nele de olhos fechados!
 
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